sexta-feira, 11 de novembro de 2016

LET DOWN // DEXTER




Sabem aquelas perdas ou más experiências pelas quais passamos, em que precisamos de algum tempo para digerir antes de conseguirmos finalmente falar, sem mágoa ou raiva, sobre o assunto?

Chegou o momento de eu falar sobre o Dexter.

First things first. Há séries que começamos a ver e decidimos não continuar, porque começam tão mal que não valem a pena o nosso tempo (ou simplesmente percebemos que nos despertam interesse). Há as que vemos até ao fim, mesmo achando que algumas temporadas são mais fraquinhas ou até que o final nos desiludiu um pouco. Tudo bem, life goes on.

Mas depois há outras que deixam marca. Séries que têm o condão de fazer emergir emoções negativas de cada vez que as trazemos à mente. De pensarmos em todas as horas que passámos juntas, os laços criados, as expectativas geradas, o difícil processo de aceitação de que o fim teria que chegar, não necessariamente um final feliz, mas ao menos decente, digno...não. E aí é que está.

Uma história original, uma personagem diferente e cativante com o seu dark passenger (como não ter um fraquinho por um serial killer que direciona os seus instintos homicidas para os maus da fita?). Uma sucessão de temporadas flawless (ok, aí até à 3.ª), uma relação de anos - e para quê? Para culminar, provavelmente, na pior última temporada de sempre e, em particular, no pior último episódio de SEMPRE, uma coisa tão ridícula e mal feita a todos os níveis (argumento, diálogos, desempenhos, realização/cenas), que não tem explicação nem paralelo com o historial da série.

Estamos apenas a falar de uma série, mas lembro-me de ler opiniões inflamadas de fãs que se sentiam verdadeiramente defraudados e quase enraivecidos. Por isso um alerta aos escritores: não brinquem com os nossos sentimentos, está bem?

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