terça-feira, 22 de novembro de 2016

WENT TO THE MOVIES // RACE






Race (2016) conta a história do norte-americano Jesse Owens, um dos maiores atletas (se não o maior) de todos os tempos, que se consagrou nos famosos Jogos Olímpicos de 1936 - os Jogos de Hitler.

O significado da conquista de Jesse Owens é imenso, porque é também o da vitória sobre o racismo, de que foi alvo desde cedo no seu país de origem, e sobre as condições socioeconómicas desfavoráveis, que não o impediram de lutar. Lembra-nos que o desporto é qualquer coisa de maior - entre outras coisas, por deitar por terra todo e qualquer argumento sobre raças "puras" e superiores.

Gosto sempre destes filmes que produzem um certo efeito expansivo, levando-nos a explorar mais os temas ou as épocas que abordam. Nos dias seguintes, acabei por ver um documentário sobre a 2.ª Guerra Mundial e o filme "Reich" (que recomendo!).

Algumas particulares que me apaixonaram no filme: o empenho do treinador (também ele numa batalha pessoal) e o fair play nos Jogos Olímpicos por parte do maior adversário de Jesse Owens, que era alemão.

Race vale pela história, que é verídica e inspiradora, e pelo facto de a mesma estar bem contada (conduz-nos de forma cativante, desde o início). Pessoalmente, senti falta de uma certa apoteose na última parte do filme. Penso que os momentos das vitórias do Jesse Owens podiam estar mais bem trabalhados, mais cinematográficos até, porque são absolutamente históricos, únicos e grandiosos. E isso associado a uma maior elevação do protagonista, comparativamente até a outras personagens, que acredito terem o destaque merecido, contudo Jesse Owens foi - e é - um herói maior, por tudo o que conseguiu e pelo tanto que isso, ainda hoje, significa.

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